As crianças eram
estupradas em locais de encontros de apreciadores de carros antigos e em casas
abandonadas na Zona Norte do Rio de Janeiro. Nove estão presos.
As duas crianças
estupradas por um grupo de pedófilos durante cerca de três anos e “agenciadas”
pelo pai e avô eram levadas para os locais dos abusos vendadas e com
fitas adesivas tapando suas bocas.
De acordo com
denúncia do Ministério Público estadual do Rio,
os estupros aconteciam em locais de encontros de apreciadores carros
antigos e em duas casas abandonadas na Zona Norte do Rio. Como publicado no
último domingo pelo EXTRA, o coronel reformado da PM Pedro Chavarry Duarte, já
condenado por estuprar uma menina de 2 anos, é acusado de envolvimento com o
grupo.
Ao todo, 11 pessoas
foram denunciadas pelo MP estadual pelo crime de estupro de
vulnerável e respondem a um processo. Nove deles estão presos e dois,
foragidos. De acordo com as investigações da Delegacia da Criança e Adolescente
Vítima (DCAV), o pai e avô das crianças eram os responsáveis por levá-los para
os encontros de carros e para as casas onde ocorriam os abusos.
Em depoimento
à polícia, testemunhas relataram que as vítimas apanhavam e eram ameaçadas
para que não contassem sobre os crimes. O avô, segundo os depoimentos, ainda
filmava os estupros. Exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal
constatou que a criança vítima dos estupros já não era mais virgem. Também foi
constatado que ela foi agredida.
As investigações da
DCAV revelaram que o pai e o avô abusavam das crianças e passaram a
“agenciá-las”. Os irmãos eram estuprados pelos dois também na própria casa da
família, na residência do avô e no carro do pai. A primeira audiência do caso
foi marcada para o próximo dia 7, quando as vítimas serão ouvidas.
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As investigações
começaram depois que um parente de uma das vítimas procurou a delegacia. A
criança reconheceu Chavarry em uma das reportagens veiculadas na imprensa sobre
sua primeira prisão e acabou revelando que já havia sido estuprada
pelo militar. A partir daí, a vítima relatou o envolvimento de seu pai e
de seu avô, acusados não só de estuprá-la, mas também de receber pagamento de
homens que mantinham relações sexuais com ela e seu irmão. Os abusos sofridos
pelas vítimas duraram ao menos três anos, de 2016 a 2019.
O coronel Pedro
Chavarry é acusado de ter estuprado os dois irmãos dentro de seu próprio
veículo e também nos locais de encontro de carros antigos. Segundo a
investigação, os abusos aconteceram antes de sua primeira prisão. Em 2016, ele
foi flagrado em seu carro com uma menina de dois anos. Ela estava nua e com a
calcinha revirada. O militar foi autuado em flagrante por estupro de vulnerável
e já foi condenado pelo crime.
Chavarry ainda
integra os quadros da PM e recebe salário do estado. Em agosto, ele
ganhou R$ 34 mil brutos. Apenas em abril deste ano, dois anos e sete meses após
a prisão de Chavarry, a PM concluiu o processo disciplinar contra o coronel e
pediu a sua demissão. Ele está respondendo a um Conselho de Justificação na
Justiça, que pode resultar em sua demissão. O EXTRA não conseguiu localizar os
advogados do oficial. (Fonte: Extra/Globo)
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