O ataque teria sido
ordenado por um traficante que teria deixado
a facção criminosa Família do Norte (FDN) e se tornado o integrante do Comando
Vermelho (CV)
Circulam nas redes
sociais imagens fortíssimas de uma chacina acontecida aproximadamente as 20 hs
da noite deste sábado, 16/11/2019, onde uma família foi massacrada na casa onde
morava, na rua Ibitita, bairro Nova Cidade, zona norte de Manaus, capital do
Amazonas.
O crime aconteceu
por uma suposta disputa por território do tráfico de drogas.
As vítimas foram os
irmãos Edmundo de Jesus Roque, de 23 anos, conhecido como “Bill”, que seria o
alvo dos assassinos, e Poliana de Jesus Roque, 17, além dos primos deles, o
estudante Luiz Carlos Roque de Souza, 19, e Maria Isadora de Jesus Roque, 14,
que também eram irmãos. A tia dos jovens, a diarista Márcia Gonçalves de Jesus,
44, foi baleada no local, mas morreu quando recebia atendimento médico na
ambulância.
A mãe de Luiz e
Isadora, a dona de casa Rosilana de Jesus Roque, 34, que está grávida de oito
meses, ficou ferida com um tiro na cabeça. Segundo familiares, ela está em coma
no Hospital e Pronto-socorro João Lúcio. Segundo a Secretaria de Saúde
(Susam), a paciente estava no centrocirúrgico onde realizou procedimento
de craniotomia (abertura do crânio por meio de cirurgia). Após o
procedimento, será avaliada a possibilidade de transferência para uma
maternidade.
Uma sétima vítima
teve a vida poupada pelos assassinos, a jovem de 20 anos, que também é parente
dos mortos, foi levada para dentro da residência com o filho no colo. Ela foi
agredida e recebeu coronhadas dos criminosos.
Segundo a Polícia
Civil, Bill, junto com um irmão mais novo, identificado apenas como Adrio, que
conseguiu fugir no momento do ataque, usavam o imóvel da família para
comercializar entorpecentes.
O ataque teria sido
ordenado por um traficante identificado apenas como “Dirceu”, que teria deixado
a facção criminosa Família do Norte (FDN) e se tornado o integrante do Comando
Vermelho (CV).
Conforme uma fonte,
os irmãos Adrio e Edmundo estariam vendendo drogas de um fornecedor da FDN.
Para não perder o território e manter a liderança na comunidade Dirceu mandou
executar os soldados, que viraram rivais. Os outros membros da família foram
mortos por vingança e queima de arquivo, já que um dos principais alvos do
atentado conseguiu fugir.
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A revolta
de parentes das vítimas é que, com exceção de Edmundo e Adrio, as outras
quatro vítimas não tinham envolvimento com a criminalidade.
“Morreram de graça.
O Luiz Carlos estava dormindo quando foi surpreendido pelos bandidos. Ele
era desbravador, ajudava muito a avó, gostava dos irmãos, não usava nada de
ilícito e nunca fez mal para ninguém”, disse uma tia dele.
O ataque
Conforme
testemunhas, dois criminosos armados e usando capuz, chegaram no local em um
carro, modelo Peugeot de cor preta. Eles desceram do veículo com as armas na
mão e abordaram algumas das vítimas que estavam conversando em frente da
residência. “Mandaram todos entrar e começaram a atirar”, disse.
Poliana, Luiz
Carlos, Maria Isadora e Márcia cada um foi atingido com um tiro na cabeça. Já
Edmundo foi morto com tiros na cabeça e no tórax. Ele ainda tentou se esconder
dentro de um guarda-roupas, mas foi achado pelos bandidos.
Um terceiro
suspeito ficou no carro aguardando a poucos metros do local do crime. Ele deu
apoio aos comparsas e fugiram sem ser identificados.
O delegado Denis
Pinho, plantonista da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros
(DEHS), esteve no local do crime e informou que os criminosos usaram revolver
calibre 38 para cometer a chacina. “Depoimentos dos sobreviventes e outros
familiares irão colaborar com as investigações. Imagens de câmeras de segurança
também devem auxiliar na identificação dos suspeitos”, relatou.
Dentro da
residência das vítimas, a polícia encontrou porções de pasta base de cocaína e
R$20 em espécie.
Os corpos foram
removidos para o Instituto Médico Legal (IML), onde foi realizado exames de
necropsia. Às 10h40 deste domingo (17) todos os cinco corpos foram liberados
para o velório, que deve acontecer em uma associação de moradores, no Prosamim
Igarapé de Manaus, no Centro.
FONTE: EmTempo
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