Vídeo – PM brutalmente assassinado na frente do filho

Dois anos após PM do Piauí ser morto na frente do filho, família divulga vídeo do crime: 'pedido de justiça'

Um vídeo começou a circular nas redes sociais a pedido da família de um policial assassinado friamente na frente do próprio filho. O crime aconteceu há dois anos. O assassino, que é acusado de mais três homicídios em Teresina, chegou a ser preso, mas foi liberado e continua trabalhando e recebendo seu salário tranquilamente.

O cabo Samuel de Souza Borges, da PM do Piauí, acabara de pegar seu filho numa escola e transitava de moto, quando percebeu um elemento em outra moto, sem placa e com armas na cintura. O cabo se identificou e pediu para que o outro parasse a moto, mas o fato gerou discussão e uma espécie de perseguição com xingamentos, até que o assassino parou e lhe foi pedido a identificação.

Houve discussão e a vítima para não ser acusada de abordagem irregular, pegou o celular e filmou toda a cena, sempre sendo ameaçado de morte, quando, em determinado momento, o assassino já de arma na mão, efetuou três disparos contra o cabo Samuel, matando-o na presença do filho, com três tiros que atingiram a cabeça e o tórax.

O assassino, Francisco Ribeiro dos Santos Filho, é um policial militar do Maranhão, que continua sem julgamento, devido à pandemia. A família da vítima divulgou o vídeo esta segunda-feira, 01/01/2021, como um pedido de justiça. Isabel Borges, mãe de Samuel, cobra celeridade no julgamento do criminoso e sua expulsão da Polícia Militar do Maranhão. “Meu filho era justo, gostava de justiça. Nosso sentimento é de indignação e saudade", declarou ela.

Vídeo de uma emissora de TV, na data do crime:

Sem julgamento

O soldado Francisco foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil pela morte do cabo Samuel, de acordo com o inquérito do DHPP. Ele chegou a ser preso, mas foi solto em outubro de 2019 e será julgado no Tribunal do Júri, ainda sem data prevista.

Policial militar do Maranhão Francisco Ribeiro dos Santos Filho - Foto: Divulgação PM

Em março de 2020, o policial do Maranhão voltou a ser preso suspeito de duplo homicídio ocorrido no bairro Pedra Mole, Zona Leste de Teresina. Ele foi encaminhado para o presídio da Polícia Militar do Maranhão, em São Luís.

Para o delegado que cuida do crime, a demora para o julgamento estimula para mais crimes. Ele destacou que o soldado do Maranhão é acusado de matar o policial militar do Piauí e mais três pessoas em Teresina. Além disso, ele teria usado a mesma arma nos quatro crimes.

Delegado Barêtta questiona demora no julgamento do acusado - Foto: José Marcelo G1 PI

"Porque casos de homicídios demoram tanto para serem julgados? Se passaram dois anos e nada de julgamento, daqui a pouco esse crime prescreve. Ele deve ser condenado", comentou Barêtta.

O vídeo do crime:

Acusações

De acordo com a investigação, Francisco Ribeiro cometeu o primeiro homicídio em 16 de agosto de 2018. Felipe da Silva Araújo, de 30 anos, foi assassinado com três tiros após ter sido perseguido. "O acusado nega a autoria desse crime, diz que sua arma tinha sido roubada, mas não registrou queixa”, afirmou Barêtta.

O policial militar maranhense também é acusado de matar Pedro Henrique de Sousa Florêncio, de 20 anos e Diego Armando Alves do Nascimento, de 16 anos, no dia 6 de dezembro de 2018. Ao DHPP, Francisco Ribeiro Filho disse que matou as vítimas porque elas tentaram roubar sua moto.

Francisco Ribeiro é acusado da morte do policial militar Samuel de Sousa Borges, morte na frente do filho após uma discussão na Zona Leste de Teresina, em fevereiro de 2019.

FONTE: G1

 

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