Quatro mortos - Vídeo mostra PM à paisana, encurralado, atirando em quatro homens numa pizzaria

Um policial militar lotado no 20º Batalhão de Porto Alegre, que naquele momento estava de folga, teria ido à casa da ex-namorada e como ela não estava, ele se dirigiu à casa de uma amiga, se desentendeu com seis pessoas (quatro homens e duas mulheres), teria se identificado, correu, entrou numa pizzaria, tentou se esconder, mas foi seguido e encurralado. Ele teria repetido que era policial e estava armado, mas as pessoas não arredaram o pé, e ele para se defender, apertou o gatilho da arma que resultou na morte de quatro rapazes da mesma família. As duas mulheres correram e não foram feridas. Esta é a versão da defesa do policial, corroborada com as imagens do vídeo abaixo gravado por câmera de segurança.

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Local onde aconteceu o crime. Foto: Reprodução

Após os tiros, o policial chamou a polícia e alegou legítima defesa. O crime aconteceu em uma pizzaria na Avenida Manoel Elias, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do sul, na madrugada de domingo, 13/06/2021. De acordo à Polícia Civil, o policial militar envolvido no crime se apresentou, assumiu a autoria dos disparos e por isso não foi atuado em flagrante, foi liberado e deverá responder em liberdade. A defesa afirma que ele foi perseguido até a pizzaria, mas os familiares das vítimas contestam a versaão, dizendo que ele invadiu a residência, sem bater palma, começou uma discussão e por isso foi perseguido até a pizzaria.

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As vítimas foram identificadas como Cristian e Cristiano Lucena Terra, irmãos de 33 e 38 anos, respectivamente, o primo deles, Alisson Correa Lucena, de 28 anos, e o sobrinho, Alexsander Terra Moraes, 26 anos.

Alexsander de moletom branco, Cristiano de boné cinza, Cristian de boné vermelho e Alisso com camisa do internacional, foram mortos – Foto: Arquivo Pessoal

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Veja o que a câmera de segurança registrou:

- O policial militar entra na pizzaria e vai até um banheiro;

- Seis pessoas vão atrás dele;

- Depois de alguns segundos, é possível ver uma mulher de blusão cinza levando um susto. Os tiros haviam começado;

- A mulher e uma outra correm;

- Logo depois dos disparos, o policial sai do local com a arma na mão.

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A Brigada Militar está apurando o caso e determinou o afastamento do poLicial de suas funções, durante a investigação.

O advogado do policial, Roger Lopes da Silva, disse que o homem "está muito abalado" com o ocorrido. "Não era o desfecho pelo qual ele procurou", afirma.

Segundo a diretora do Departamento de Homicídios de Porto Alegre, Vanessa Pitrez, o homem teria se desentendido com o grupo de seis pessoas, quatro homens e duas mulheres. O motivo e as circunstâncias do desentendimento são apuradas.

"Ele tentou se esconder e as pessoas foram pra cima dele. Ele estava sozinho, eram seis pessoas [no grupo] e colocaram numa situação 'embretado' num canto, onde tinha um armário. Segundo a versão dele, não tinha outra forma de se defender, correndo o risco de ter a arma retirada e ser morto pela própria arma", afirma a delegada.

"Temos uma situação de possível legítima defesa, que ao longo da investigação será apurada, com outras provas e depoimentos, para ver se se confirma", aponta a delegada, que diz ainda que nenhuma hipótese é descartada.

INFORMAÇÕES DO G1

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